Um estudo publicado no jornal acadêmico Occupational & Environmental Medicine (OEM), da Universidade Real de Médicos de Londres, na Inglaterra, confirmou que o contato de gestantes com alguns produtos de limpeza pode ser um fator de risco para a saúde de seus bebês. As informações são do “The Sun”.
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Para entender a conexão, os cientistas entrevistaram milhares de mães. Eles então, foram capazes de comprovar que a exposição à desinfetantes — durante a gestação — entre uma a seis vezes por semana estava relacionada ao aumento do diagnóstico de asma e eczema em seus filhos. Crianças cujas mães tiveram pouco ou nenhum contato com desinfetantes apresentavam um risco muito menor de desenvolver tais doenças.
Em nota, os autores do estudo declararam: “Nossas descobertas indicam que a exposição [a desinfetantes] durante a gravidez exerce um efeito sobre as alergias do feto. Dado o atual aumento do uso de desinfetantes para prevenir novas infecções por coronavírus, é de grande importância para a saúde pública considerar se a exposição pré-natal ao desinfetante é um risco para o desenvolvimento de doenças alérgicas.”
O raciocínio por trás disso, segundo os cientistas, é que tais produtos afetam a microflora intestinal e da pele da mãe; e, portanto, de seu bebê. Ou ainda, filhos de mães que usam desinfetantes com mais frequência são mais propensos a serem diagnosticados devido ao conhecimento ou conscientização mais amplo de suas próprias mães.
De acordo com a British Skin Foundation, uma em cada cinco crianças é afetada por eczema em algum momento de suas vidas. Não há cura para a condição, mas ela pode cessar em algumas crianças afetadas com o passar dos anos, ou passar longos períodos sem apresentar sintomas.